segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Engraxe seus sapatos e corte seu cabelo" - F.Z.

Depois de ter ouvido algumas pessoas dizendo que cansaram, eu me dei conta de que não são crises de princesa em malditos BBB’s da vida que tiram essas pessoas do sério. Eu cansei faz tempo, e já odiei demais.

Esta não é uma daquelas odes ao matador de tédio... não mesmo. Esta aqui era pra ser uma compilação de códigos universais feita a duas mãos. Vejo que o que apresento nunca é aquilo que penso. Penso em algo, logo estou irritado. Medíocre é essa minha mente.

Gostaria de poder dizer: “Já falei muito de mim, vamos falar de você!”. Mas isso não acontece. Odeio demais, demais... e isso deixa meu coração amanteigado... como um biscoito daqueles que você gosta, mergulhados em leite. Isso não dura 3 segundos! Logo sou um terrível exterminador novamente, culpado não sei do que.

“Deixe isso ali!”; “Não faça isso! Vai machucar alguém desse jeito!”. O brinquedo nunca está na minha mão , e bem... nunca gostei de jogar bola. A questão é que não estou dando muita importância pra isso hoje. Quero dizer... importância alguma!

Meu paladar não anda dos mais convencionais. Quero veneno, e objetos que me proporcionem gosto de sangue em minha boca. Sou influência, mais do que influenciável. Fico facilmente nervoso perante público, e digo mais! Este é o trecho mais chato que já escrevi. Até agora pelo menos.

Não é preciso nojo, ou de novo esses olhos esquisitos pra cima de mim. Nada mais sou do que um monte de letrinhas saídas do escapamento de um carro velho. Alucinação barata, com gosto de ‘melhoral infantil’. Me guardo para o grande golfo!

Um dia eu não agüento mais? É isso o que ela disse? Nãão...! Me agüento sim. A ponto de ser tão gorilamente espontâneo, que será regra que não entendam mais minha piadas e não uma exceção constrangedora. Não mesmo. Enquanto robô, de sapatos polidos, só posso dizer que amanhã é outro dia (assim, bem cretino), e que o cansaço é psicológico... logo meu cérebro é um picolé, lambido por um gorila muito bem apessoado.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E tudo seria fluido.

Achei que fosse funcionar colar, e tudo seria fluido. Mas descobri que a vida não pode ser assim. Essa coisa que eu tenho, de ficar guardando quinquilharias deixaria qualquer caracol de pele eriçada! Aquela outra estória, não sei para quem seria... Mas, cara (!), aquilo tudo estava me deixando louco... (é aqui que começo a ficar desconexo). Uma conversa sobre montar uma montanha-russa com restos mortais... A idéia sempre foi idiota; não sei pra que insistir... já nem sei se alguém se importa. Poderia estar fazendo coisas mais produtivas, como quebrando algo de grande valor pra mim (colocaria todos os cacos na montanha-russa { que não é em tamanho real, óbvio!}).

Eu, escritor amador, gostaria de deixar de ser prolixo. Eu, eu ... me, me, me! Fuck it! Não gosto mais de lamber suas feridas, nem de pisar naquele chão horroroso, cheio de glitter (se você for paranóico (a), digo desde já: ‘este texto não tem nada que toque em seu nome’).

E é por isso que eu canto! Um velho samba que é mais ou menos assim:

“Vai o gozo no balcão dar adeus à vida, por que nele deita... com rabinho remexendo, esperando que a enfermeira coce a sua... “

- Jaqueta jeans não combina com nada! Tô cansada de dizer isso pra você, garoto! Não quer brilhar na vida? Imagine-se naqueles botecos bem porcos de Copacabana, e faça um charminho pro moço da câmera, mesmo sabendo que é figurante...

- O que? Eu sou figurante? Minha vida é um filme? Quem é que fala sempre comigo antes de dormir? Eu realmente estou precisando de um... drink.

Em que ano estamos mesmo? E só uma outra pergunta: “Por que me olhas com esses olhos tão estranhos?”

Qualquer um sabe que caminhamos para o caos... Por mais que queiram renomear ‘caos’, com um nome mais bonito, como ‘futuro’, eu digo e sempre repito:

- Estamos em diferentes níveis de alienação.

Rompi um véu hoje, e não houve grito nem clamor; houve apenas a idéia de que o que posso dizer pra quem tem olhos estranhos como os teus, é que não levo tudo tão a sério assim. Senão a gente pira, né? O que mais posso dizer, depois de tanta gente boa que... nunca teve o prazer de nos desprezar, ter dito em nossas faces que têm pena de estarmos tão estagnados quanto limão no topo do pé, que murcha, e morre... sem ser tocado, ou espremido.

E a poética se esvai, a vida faz o mesmo, esta porém, não tem vaidade alguma. Desafio do dia: “me diga uma coisa na poesia que não seja vaidade”. Na vida eu já encontrei. O nome é ‘segredo’.

Outro Narciso, outro morto.