sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E tudo seria fluido.

Achei que fosse funcionar colar, e tudo seria fluido. Mas descobri que a vida não pode ser assim. Essa coisa que eu tenho, de ficar guardando quinquilharias deixaria qualquer caracol de pele eriçada! Aquela outra estória, não sei para quem seria... Mas, cara (!), aquilo tudo estava me deixando louco... (é aqui que começo a ficar desconexo). Uma conversa sobre montar uma montanha-russa com restos mortais... A idéia sempre foi idiota; não sei pra que insistir... já nem sei se alguém se importa. Poderia estar fazendo coisas mais produtivas, como quebrando algo de grande valor pra mim (colocaria todos os cacos na montanha-russa { que não é em tamanho real, óbvio!}).

Eu, escritor amador, gostaria de deixar de ser prolixo. Eu, eu ... me, me, me! Fuck it! Não gosto mais de lamber suas feridas, nem de pisar naquele chão horroroso, cheio de glitter (se você for paranóico (a), digo desde já: ‘este texto não tem nada que toque em seu nome’).

E é por isso que eu canto! Um velho samba que é mais ou menos assim:

“Vai o gozo no balcão dar adeus à vida, por que nele deita... com rabinho remexendo, esperando que a enfermeira coce a sua... “

- Jaqueta jeans não combina com nada! Tô cansada de dizer isso pra você, garoto! Não quer brilhar na vida? Imagine-se naqueles botecos bem porcos de Copacabana, e faça um charminho pro moço da câmera, mesmo sabendo que é figurante...

- O que? Eu sou figurante? Minha vida é um filme? Quem é que fala sempre comigo antes de dormir? Eu realmente estou precisando de um... drink.

Em que ano estamos mesmo? E só uma outra pergunta: “Por que me olhas com esses olhos tão estranhos?”

Qualquer um sabe que caminhamos para o caos... Por mais que queiram renomear ‘caos’, com um nome mais bonito, como ‘futuro’, eu digo e sempre repito:

- Estamos em diferentes níveis de alienação.

Rompi um véu hoje, e não houve grito nem clamor; houve apenas a idéia de que o que posso dizer pra quem tem olhos estranhos como os teus, é que não levo tudo tão a sério assim. Senão a gente pira, né? O que mais posso dizer, depois de tanta gente boa que... nunca teve o prazer de nos desprezar, ter dito em nossas faces que têm pena de estarmos tão estagnados quanto limão no topo do pé, que murcha, e morre... sem ser tocado, ou espremido.

E a poética se esvai, a vida faz o mesmo, esta porém, não tem vaidade alguma. Desafio do dia: “me diga uma coisa na poesia que não seja vaidade”. Na vida eu já encontrei. O nome é ‘segredo’.

Outro Narciso, outro morto.


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