sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mas... Vale a pena?

“Estamos a procurar uma música boa de se fazer!”. Isso já foi, e é dito por um suposto personagem de uma só frase, e de uma só música (música esta feita de trás para frente, e revertida digitalmente para causar estranheza em quem a ouvir). Tal personagem se vê fruto de uma certa biogênese psíquica, que pode ter surgido das bizarras adoradas partes decompostas, porém férteis de amigos que têm muito em comum. O personagem em si não tem nome, mas grita na rua por quem o conhece... “Estamos a procurar (...)”.


Não posso dizer que há algo de negativo em uma personificação de uma mistura de algo televisivo e banal, com algo que já gerou risos, e paródias em geral; afinal, é esse tipo de coisa que nos dá o direito de dizer “cara, a gente é muito retardado..!” . Isso pode até mesmo ser impagável, realmente, de um ponto de vista geral, e apurado, não só para quem o diz, mas também perante a vivência em si. Quem pode dizer com certeza o que realmente vale a pena? Seriam as situações de conforto pleno, tão procuradas entre amigos? Talvez a plena situação de segurança e liberdade procurada entre corpos... Pode ser que a verdade exista, e que o que realmente importa não foi descoberto no planeta Terra ainda.


Posso dizer que o conforto pleno tem sido companheiro nos últimos dias, e que não importo realmente para uma multidão. Os poucos, porém, me fazem valer a pena. Me transformam em item de valor... Tudo isso nas ruas, que são prateleiras de carros de brinquedos, pessoas reais, e gente de plástico, vestidas com tanto esmero, para serem apreciadas pelas pessoas reais... que passam atentos, de mãos dadas, de olhos vítreos, balbuciando preços e planos, para um mundo que se resume aos poucos, num lugar onde o que importa pode ainda não ter sido descoberto. Ainda nestes momentos a vida vale a pena.

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