quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Non-sense avec elegance.

Não, nunca foi culpa. Não, não quero falar sobre os problemas da vida, nem criar uma história mais confortável pra que eu durma em paz.

- Há um cara, que com dois dedos faz o que mandam, e olha que ele só tem dois dedos! – Disse Horsel.

- Existe um pouco de groselha no sangue de alguém, gostaria de conhecer essa pessoa. Quem entende o humor de alguém que acha graça numa piada daquelas? Gostaria de conhecer outras pessoas. Se algo fosse bom o bastante para ser resolvido com uma canção, cá estaria o presunto, morto e desnudo, com dois dedos fazendo o que mandam. – Disse Bringin.

- Quem são esses que mandam? Aqueles que olham? – Horsel derretia.

- Não, os que chamam! – Bringin batia um calcanhar no outro, fazendo um som engraçado.

Horsel e Bringin já não aguentavam mais e tiveram um ataque de riso.

Posso continuar? Só não me olhe com essa cara, ok? Falo sério ao dizer que não quero inventar nada... Isso tudo é um relato! Uma antiga história que não para de acontecer. Em minha mente? Sim, em minha mente... também por isso digo que não se trata de problemas da vida. Bem...

- Hup! – Pulava Bringin, cada vez mais alto.

- Huuul! – Gritava Horsel, num groove anazalado.

- Isso é pura música, bro!
Touch the Sky... don’t you see it? That’s my eye! Is it ripped? No, it’s fine… - Bringin cantava espontaneamente, sem se preocupar com o abismo que os esperava.

Mas, sim! O céu estava se rompendo, e o sol que brilhava lá no alto era também parte do coro. O sol gritava “OOOOOOOHHH”.

Nada era harmonia, mas os dois se davam bem, derretendo e pulando, como se um punhal nunca tivesse atravessado o sol. Punhal este que também era um lápis, isso nas bandas de cá; rasgando papel, nas mãos de alguém que não dava a mínima se um abismo o esperava ou não.

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