domingo, 28 de novembro de 2010

Mr. Silent se esvai e seca.

Bem brevemente, e de braços cruzados, lhe digo que a aurora já se pôs num passado próximo. A graça toda da aurora era que não se sabia a magnitude do sol que viria, e nem os monstros que sairiam dos troncos podres de nosso pequeno e cercado bosque. Que maldição! Nós, cercados de arames farpados; nós, indigestos e inodoros; deixados pelo armagedom, deixados pela cor, e pelo som. Ainda consigo me lembrar daquela fenda no céu, da música que de lá saía, e das formas que aquilo fazia minha mente ver; me lembro que tudo o que era prezado, e valioso entrava por aquela fenda... e nós, nos segurando para que o ralo terreno não nos sugasse, por isso fomos deixados.

Sei que é difícil colocar uma trilha sonora pra tamanho esvair de plasma. Neste, na realidade, prefiro o silêncio. Nem mesmo Mr. Silent quis ficar calado... ele se esvai também, sem cornetas ou violinos.

Há porém, um baita berro, daqueles que eu sei que você necessita; posso lhe passar o endereço, e assim, a gente entra de novo, cada um em seu tronco podre, e paramos de fingir que não somos monstros.

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