Há momentos
em que sinto estranha ligação com a dinâmica de um mundo que acontece velado, [dentro de minha cabeça] (?) (é o que me dizem quando falo); outras opiniões
minhas são interpretadas como paranoides, e paro de me importar com isso agora.
O que acontece do lado de fora é bem diferente do que nos falam homens que têm
certidões que indicam que sabem o que falam. Não deveria ouvir nenhum deles,
homens de branco, homens que riem, homens que cantam; homens e mulheres bem
resolvidos consigo mesmos, que fazem convites de maneira sempre incisiva, de
olhar gentil.
O ímpeto de
conhecer o fim é parecido com algo que conheci há algum tempo. “Hoje” é uma
palavra forte, e deveria ser menos usada,
talvez de modo generalizado, como... “Hoje é vida, amanhã será morte”. Separar
a vivência em seções é extremamente humano e doloroso; dividimos a vida antes
de nossa existência aqui em eras, separadas por mortes, quedas, escassez.
Normalmente não nos damos conta de que um dia nunca acaba, e que dormir ou
morrer não separa as coisas de modo geral; observar tudo em primeira pessoa é
manco, e é de bom grado extinguir tal panorama vez ou outra.
O vortex,
assim como os padrões fractais, não tendem a inovarem-se no quesito roteiro,
mas sim no quesito matéria, talvez isso tenha a ver com o Eterno Retorno; outro
cara já pode ter escrito isso aqui com grãos de arroz, e hoje sou ele, com
outro nome, outra pele, outra luz. A diferença talvez esteja nos códigos; a
vida se repete em roteiros idênticos, mas o alfabeto é outro, a evolução da
linguagem: Olhares -> mímica -> grunhidos - [cataclisma] -> hieróglifos
-> escrita cuneiforme - [cataclisma] -> números de 1 à 10 -> algoritmo
- [holocausto] -> código binário -> telepatia estimulada eletronicamente
por nanomáquinas -> transposição da reprodução por vias convencionais -> criônica
-> estagnação intelectual coletiva - [holocausto espacial] ... Dispersão
-> fim do homem como animal social - [paz mundial] -> expansão coletiva
da consciência -> olhares -> mímica -> grunhidos -> 0100011100011001
(...).
Esforçar-se
para compreender o silêncio é procurar ser um ser mais abrangente, mais
pacífico, emancipado das seções impostas pela humanidade; a seção tão
banalmente traçada, que divide o silêncio de vozes da nova tendência de
assuntos (da noite, da temporada, da era). Respeitar a vibração do universo sem
insinuar que falta um toque de criador (homem) ali é mais importante do que a
ânsia pelo utópico nirvana.
Por
conveniência, num futuro próximo, não profiramos algo sobre silêncios
constrangedores.
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